Nas aulas que decorreram nos dias 25 e 28 de Setembro (2ª e 5ª feira, respectivamente) estudámos: Os tecidos constituintes dos ossos, a formação dos mesmos, o crescimento e reparação óssea e as articulações.
Tecidos constituintes dos ossos
O esqueleto é um sistema constituído por tecido ósseo, tecido cartilagíneo e tecidos conjuntivos especializados. Estes são formados por diversos tipos de células e são irrigados, fazendo do esqueleto um sistema dinâmico.
Os ossos longos estão “divididos” em duas partes, em que o corpo dos mesmos é denominado por diáfise e as extremidades articulares por epífise.
Na epífise está localizado a cartilagem e uma porção porosa da cavidade medular que tem o nome de osso esponjoso; Já a diáfise é constituída por osso compacto (na superfície externa), pelo canal medular e a medula. A diáfise está envolvida por periósteo (que é essencial para a nutrição e enervação do osso, para a vascularização da medula óssea, bem como para o crescimento e a reparação de tecido ósseo), excepto nos locais onde os tendões e os músculos se inserem nos ossos. A superfície interna do osso compacto é envolvida pelo endósteo (que é essencial para a reparação e para o crescimento do ósseo).
Formação dos ossos
Há dois tipos de ossificação:
- Formação óssea endocondral: ocorre na maioria dos ossos longos e curtos. É a substituição gradual de tecido catilígeneo por tecido ósseo, ou seja, o osso tem origem onde havia cartilagem.
Formação óssea intramembranosa: ocorre nos ossos chatos bem como nos que existem no crânio. A ossificação é efectuada a partir de tecidos conjuntivos membranosos, que actuam como moldes.
Crescimento ósseo
Os ossos crescem através de dois tipos de crescimento:
- O crescimento em comprimento = que depende da placa epifisiária, onde ocorre a ossificação endocondral;
- O crescimento em largura = que ocorre por aposição, ou seja, as células osteoprogenitoras do periósteo diferenciam-se em osteoblastos e começa a depositar-se matriz óssea no osso.
No adulto a formação e reabsorção do osso estão em equilíbrio sendo o osso remodelado para atender às forças aplicadas sobre ele. Pressões aplicadas sobre o osso levam à sua reabsorção, enquanto a tracção leva ao desenvolvimento de novo tecido ósseo. Este processo desencadeia-se da seguinte forma:
- Os osteoclastos escavam uma profunda cavidade de reabsorção. Durante esta fase a estrutura óssea é dissolvida e digerida pelos ácidos produzidos pelos osteoclastos;
- Os osteoblastos penetram na cavidade;
- Os osteoblastos remodelam o osso reabsorvido;
Reparação óssea
Uma fractura óssea causa danos e destruição da matriz óssea, bem como a morte de células, o rompimento do periósteo e endósteo e um possivél deslocamento das extremidades quebradas do osso. Após a fractura há uma resposta directa às tensões aplicadas sobre o ele, na qual denominamos por cicatrização e remodelação local. Posteriormente, a zona reparada, pode ou não retomar a sua forma e força originais.
Este processo desenrola-se assim:
- Ocorre a fracturação do osso;
- O sangue coagula a zona à volta da fractura;
- Os osteoblastos deslocam-se para a fractura e formam novo tecido ósseo;
- Posteriormente a fractura consolida.
Articulações
São ligações entre os ossos que permitem a mobilidade. Estas possibilitam movimentos de flexão e extensão, inclinação lateral, circundação e rotação.